sábado, 18 de julho de 2015

As melhores e as piores edições de colecionador


Se tornou quase um padrão nas grandes desenvolvedoras de games nos últimos anos o lançamento das chamadas edições de colecionador, que consistem em pacotes onde além do game vêm outros produtos relacionados, como action figures e pôsteres.
Muitas dessas versões são bastante interessantes e até valem a pena se a pessoa for muito fã do game em questão e se o preço não for extremamente alto, como acontece na maioria dos casos no Brasil. Mas em outras percebe-se claramente que a empresa só pensou no dinheiro que arrecadaria e se esqueceu do consumidor.




Uma das últimas edições de colecionador anunciada foi a do game Fallout 4, com lançamento previsto para novembro de 2015. A chamada Pip-Boy Edition vêm acompanhada de uma versão em tamanho real do computador de pulso Pip-Boy, no qual poderá ser inserido um celular e através de um aplicativo o player poderá interagir com o jogo.


O uso de uma segunda tela foi introduzido com o anuncio do Nintendo Wii U em 2011, mas só está se popularizando agora com o uso de smartphones, tablets e com o Playstation Vita através da sua função Remote Play.


Além das edições especiais, outro produto que se tornou bem comum são as trilhas sonoras que na maioria das vezes são vendidas por meio digital. Mas com esse retorno dos discos de vinil que está ocorrendo já é possível encontrar trilhas sonoras de alguns games neste formato, como a do game Journey anunciada há alguns meses. E ontem dia 14 de julho, a BraveWave, uma marca especializada em publicar músicas de games, anunciou que está fazendo uma coleção de discos de vinil com trilhas sonoras de games clássicos, chamada Generations Series. Os discos serão lançados aos poucos, já estando o primeiro lançamento confirmado como sendo do game Street Fighter 2. As músicas foram retiradas diretamente das placas de fliperamas e receberam a aprovação da compositora Yoko Shimomura, que criou quase todas as músicas do game.


Entre os produtos de edição limitada também se encontram edições de baixa qualidade, o oposto da proposta apresentada. Um desses casos trágicos é o do game Star Wars The Force Unleashed 2, que teve uma edição de colecionador que de produto colecionável somente teve a caixa de metal onde veio o jogo e um pedrive de 2gb. O resto das coisas era somente digital, como 3 levels exclusivos e um artbook interativo com comentários dos desenvolvedores. Na maior parte das vezes quem compra uma edição dessas está interessado nos produtos palpáveis como action figures e réplicas de itens do game, e não no conteúdo digital.

Outro caso de edição especial que não teve muita qualidade foi com o game Tony Hawk Ride, lançado em 2009 para PC e todos os consoles da época, além do Playstation 2. O jogo custava 120 dólares e vinha acompanhado de um controle bizarro que consistia em uma prancha de skate sem as rodas, que deveria ser usada para jogar o jogo. O player precisava distribuir o peso do corpo da mesma forma que faria se estivesse em um skate de verdade, mas como o controle não respondia direito aos comandos o game se tornava quase impossível de se jogar. Se ao menos ele funciona-se com os controles padrão dos consoles e se o preço não fosse tão alto talvez a aposta da Activision tivesse dado certo. O que aconteceu com esse Tony Hawk foi quase a mesma coisa que aconteceu com a série Guitar Hero quando o uso das guitarras começou a ser obrigatório, mas a diferença é que as guitarras para Guitar Hero funcionavam corretamente e eram divertidas, o que fez com que os fãs quisessem comprar o periférico.

Não há como negar que Call of Duty é uma franquia de sucesso, mesmo sendo muito criticada atualmente, e se tem uma coisa que a Activision sempre foi boa em fazer são as edições de colecionador. Os jogos da série sempre tiveram edições especiais, mas elas começaram a ficar no nível que vemos hoje, com o jogo Mordern Warfare 2 de 2009. A Prestige Edition vinha acompanhada de um Artbook, de um código para baixar o primeiro Call of Duty, de 2003 e o principal item, um óculos de visão noturna totalmente funcional. Eles nem de perto podem ser comparados a um equipamento profissional de visão noturna, mas para um item incluso em uma edição de 149 dólares sua capacidade é bastante aceitável.

Por mais que sempre haja algumas edições especiais ruins, as desenvolvedoras sempre conseguem chamar a atenção do público para o seu jogo com esses pacotes. Mesmo que a maioria dos jogadores jamais tenha uma edição especial, um fã do jogo com certeza sabe de sua existência, e irá comentar com um amigo que também é fã do jogo, e assim por diante. No fim a edição especial servirá como um tipo de marketing para tornar a popularizar o jogo.

As edições especiais e jogos citados até aqui constituem uma pequena parte das edições exclusivas ainda havendo muitos outros que podem ser discutidos.

Rodrigo Silveira



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