Se tornou quase
um padrão nas grandes desenvolvedoras de games nos últimos anos o lançamento
das chamadas edições de colecionador, que consistem em pacotes onde além do
game vêm outros produtos relacionados, como action figures e pôsteres.
Muitas dessas versões
são bastante interessantes e até valem a pena se a pessoa for muito fã do game
em questão e se o preço não for extremamente alto, como acontece na maioria dos
casos no Brasil. Mas em outras percebe-se claramente que a empresa só pensou no
dinheiro que arrecadaria e se esqueceu do consumidor.
Uma das últimas
edições de colecionador anunciada foi a do game Fallout 4, com lançamento
previsto para novembro de 2015. A chamada Pip-Boy Edition vêm acompanhada de
uma versão em tamanho real do computador de pulso Pip-Boy, no qual poderá ser
inserido um celular e através de um aplicativo o player poderá interagir com o
jogo.
O uso de uma
segunda tela foi introduzido com o anuncio do Nintendo Wii U em 2011, mas só
está se popularizando agora com o uso de smartphones, tablets e com o
Playstation Vita através da sua função Remote Play.
Entre os
produtos de edição limitada também se encontram edições de baixa qualidade, o
oposto da proposta apresentada. Um desses casos trágicos é o do game Star Wars
The Force Unleashed 2, que teve uma edição de colecionador que de produto
colecionável somente teve a caixa de metal onde veio o jogo e um pedrive de
2gb. O resto das coisas era somente digital, como 3 levels exclusivos e um
artbook interativo com comentários dos desenvolvedores. Na maior parte das
vezes quem compra uma edição dessas está interessado nos produtos palpáveis
como action figures e réplicas de itens do game, e não no conteúdo digital.
Outro caso de
edição especial que não teve muita qualidade foi com o game Tony Hawk Ride,
lançado em 2009 para PC e todos os consoles da época, além do Playstation 2. O
jogo custava 120 dólares e vinha acompanhado de um controle bizarro que
consistia em uma prancha de skate sem as rodas, que deveria ser usada para
jogar o jogo. O player precisava distribuir o peso do corpo da mesma forma que
faria se estivesse em um skate de verdade, mas como o controle não respondia
direito aos comandos o game se tornava quase impossível de se jogar. Se ao
menos ele funciona-se com os controles padrão dos consoles e se o preço não
fosse tão alto talvez a aposta da Activision tivesse dado certo. O que
aconteceu com esse Tony Hawk foi quase a mesma coisa que aconteceu com a série
Guitar Hero quando o uso das guitarras começou a ser obrigatório, mas a
diferença é que as guitarras para Guitar Hero funcionavam corretamente e eram
divertidas, o que fez com que os fãs quisessem comprar o periférico.
Não há como
negar que Call of Duty é uma franquia de sucesso, mesmo sendo muito criticada
atualmente, e se tem uma coisa que a Activision sempre foi boa em fazer são as
edições de colecionador. Os jogos da série sempre tiveram edições especiais,
mas elas começaram a ficar no nível que vemos hoje, com o jogo Mordern Warfare
2 de 2009. A Prestige Edition vinha acompanhada de um Artbook, de um código
para baixar o primeiro Call of Duty, de 2003 e o principal item, um óculos de
visão noturna totalmente funcional. Eles nem de perto podem ser comparados a um
equipamento profissional de visão noturna, mas para um item incluso em uma
edição de 149 dólares sua capacidade é bastante aceitável.
Por mais que
sempre haja algumas edições especiais ruins, as desenvolvedoras sempre
conseguem chamar a atenção do público para o seu jogo com esses pacotes. Mesmo
que a maioria dos jogadores jamais tenha uma edição especial, um fã do jogo com
certeza sabe de sua existência, e irá comentar com um amigo que também é fã do
jogo, e assim por diante. No fim a edição especial servirá como um tipo de
marketing para tornar a popularizar o jogo.
As edições
especiais e jogos citados até aqui constituem uma pequena parte das edições exclusivas
ainda havendo muitos outros que podem ser discutidos.
Rodrigo Silveira
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